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Seg | 08.10.18

A ilustração complementa os livros de Mia Couto

Marcos Bila

Depois da trilogia “As areias do imperador” Mia regressa com um livro infantil. Chama-se “A Água e a Águia” e é o novo livro infantil de Mia Couto:

 “Foi então que a mais velha das águias juntou toda a comunidade e perguntou: — Sabem o que é a letra i? Uma disse: é um pau espetado no abecedário. Outra disse: é um dançarino com um chapéu alto.” É com este excerto que a nova obra de Mia Couto é apresentada.

O livro infantil conta com ilustrações de Danuta Wojciechowska — artista que já colaborou em outros livros do autor, como “O Menino no Sapatinho” ou “O Beijo da Palavrinha”.

Danuta Wojciechowska nasceu no Québec (Canadá) em 1960 e é licenciada em Design de Comunicação (Zurique). Fez estudos pós-graduados em Educação pela Arte em Inglaterra. Vive e trabalha em Lisboa desde 1984. Em 1992 fundou o atelier Lupa Design, onde se dedica ao design, ilustração e cenografia.

Tem muitos anos de experiência como dinamizadora de ateliers criativos, com crianças jovens e adultos. Participa frequentemente em cursos de formação e conferências para professores. Organiza workshops e exposições em torno do seu trabalho de ilustração.

 

Fonte: O pais

Ter | 02.10.18

Escrever até chorar

Marcos Bila

A Fundação Fernando Leite Couto e a Trassus Imobiliário informam aos candidatos e público em geral, que a 2ª edição do Prémio Literário Fernando Leite Couto, dedicado à prosa de ficção narrativa na categoria de romance não será atribuído no presente ano devido ao número insuficiente de candidaturas e participantes que justifiquem um concurso. O esperado, era cerca de 20 candidatos, no entanto, menos de 10 se inscreveram.

A distinção é destinada ao estímulo da produção literária e promoção de novos autores cuja primeira edição teve como vencedor a obra ‘Descrição Das Sombras’ de M. P. Bonde, na categoria de poesia.

Este ano (2018), as inscrições decorreram no período de 16 de Abril a 31 de Julho, lançado em Abril e entrega do prémio, de 150 mil meticais, prevista para Novembro próximo.

As obras submetidas a concurso deveriam ser inéditas e apresentadas em três cópias com um mínimo de 100 páginas e máximo de 200.

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É com enorme preocupação que, a cada dia que passa, temos mais poetas que romancistas, contistas e dramaturgos. Os nossos literatos e entusiastas de literatura ainda não perceberam que, mais do que nunca, Moçambique precisa de escritores a sério, sem com isso querer dizer que os poetas não o sejam, longe disso, mas esse comunicado acima prova que os nossos jovens ainda carecem de um cunho literário que ultrapassa os versos.

Recomendamos mais leitura de prosa com intervalos de poemas curtos só para relaxar. Mais do que nunca é preciso tomar uma nova postura literária se quisermos ser profissionais da escrita competitivos e, acima de tudo, para respondermos as novas realidades que temos visto no nosso pais, não gostaria de ver um estrangeiro escrevendo a nossa longa-metragem, novela ou seriados nacionais, mas em quanto não arregaçarmos as mangas, não só concursos literários vão ser cancelados por falta de inscritos, mas também vão nos levar o espaço de actuação que é nosso por mérito.

Se for para escrever, escreva até sentir lagrimas roçando seu rosto.